Estamos passando por um momento muito delicado, em que instituições e servidores públicos são atacados e julgados sem nenhuma oportunidade de defesa. Como servidores públicos, ao tomarmos ciência de irregularidades, temos como obrigação apurar os fatos narrados assim como esclarecer toda a comunidade.
Durante o final de semana, foram divulgadas nas redes sociais diversas notícias falsas sobre a atual gestão, sem nenhum diálogo ou solicitação de esclarecimentos. Inverdades foram disseminadas nas redes sociais por estudantes e ex-estudantes do Colégio. Trata-se de um julgamento irresponsável, sem investigação sobre os fatos reais, que se caracterizam como calúnia.
No ano de 2020, durante conselho de professores, uma conselheira questionou o diretor sobre os recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) que eram destinados ao Colégio Técnico desde 2017. Após consulta à Universidade verificou-se que a verba do PNAE era aplicada pela UFRRJ, desde 2012, no CAIC e não no Colégio Técnico. A partir de 2021 estes recursos foram aplicados no CTUR, sendo utilizados para fornecer cestas básicas e subsidiar os tickets no Restaurante Universitário para os estudantes em vulnerabilidade socioeconômica (renda per capita de até R$300,00). O PNAE atualmente destina, por dia, R$0,36 (trinta e seis centavos) para alunos do Ensino Médio e R$1,07 (um real e sete centavos) para alunos do Ensino Integral, sendo estes valores insuficientes para atender 100% da demanda do Colégio Técnico. As acusações de que a verba do PNAE não foi utilizada ou que foi desviada pela atual gestão é totalmente falsa.
Outro ponto que se disseminou no último final de semana foi de que um professor estaria sofrendo assédio moral, chegando a ser afastado de suas atividades laborais. O diretor do Colégio não tem o poder de afastar nenhum docente de suas atividades e sequer existe sindicância aberta, portanto é falsa a mensagem divulgada de que um docente do Colégio tenha sido afastado pelo diretor. O docente tornou pública a denúncia por ele realizada ao Ministério Público (MP), porém em nenhum momento tentou o diálogo com a Direção, onde teria todas as respostas iniciais para seus questionamentos; optou-se por uma denúncia diretamente ao MP. Após a denúncia, as demandas do docente continuaram sendo atendidas, tais como diárias e passagens para um evento de Gastronomia em outro Estado; solicitação de ônibus para visita técnica com os estudantes; demandas relacionadas à disciplina coordenada por ele. Além disso, o professor faz parte de comissões e não teve seu trabalho questionado ou interrompido. Todo servidor público tem o dever de denunciar algo que acredite ser irregular e não compactuamos com perseguições a nenhum membro da comunidade escolar.
Após a denúncia e notificação da escola, a resposta da UFRRJ foi encaminhada para o Ministério Público (https://drive.google.com/file/d/1d61hpqmd3Cga-C4ToHOlv-FI5vqvEy6W/view?usp=sharing), que em seguida deu um retorno ao docente, que demonstrou insatisfação em relação à resposta e fez, desse modo, uma acusação no Conselho de Professores, de que a resposta ao MP seria mentirosa. Assim, a direção do CTUR teve a obrigação administrativa de enviar documento ao docente para ele se manifestar por escrito acerca da acusação feita no Conselho.
Esta equipe administrativa se solidariza com os estudantes que passam por tantas dificuldades para estudar, e deixa claro que sempre lutou e luta pela qualidade na vida escolar. Compreende que a situação pede a devida cautela na análise, pois envolve todos que compõem e compuseram as Administrações desta escola durante todo o período de recebimento da verba do PNAE.
Por fim, a Direção do CTUR reitera a sua permanente disposição ao diálogo construtivo na busca de soluções para os problemas que afetam o conjunto da sua comunidade acadêmica, em conjugação aos esforços coletivos em defesa da ampliação dos recursos orçamentários para o financiamento da educação pública em nosso país.
Direção do Colégio Técnico da UFRRJ
